sábado, 17 de maio de 2008

Enfermagem Avançada o que é? - começar com uma idéia...

Ois a todos!

Este é o primeiro passo para o conhecimento geral sobre a existência de uma "Enfermagem Avançada". Todos aqueles que quiserem podem dar o seu contributo, a sua opinião.. façam-no! É para todos nós que esta enfermagem existe e pode fazer a diferença!

A enfermagem avançada, surge no nosso conhecimento, através do Professor Doutor Enfermeiro Abel Paiva, com quem podemos contactar no mestrado em Enfermagem Avançada, na Universidade Católica de Lisboa.

Nos Estados Unidos estão a desenvolver-se dois tipos de Enfermagem, as Nurse Practitioners e a Advanced Nursing, que correspondem a duas maneiras distintas de encarar o significado de ser-se enfermeiro.

Os enfermeiros da prática avançada "Nurse practicioners", têm a oportunidade de prescreverem medicamentos, observarem análises, rx (...) e prescreverem os mesmos exames, realizando uma enfermagem tipo "médica" na qual têm um curso em que mediante a sua duração, podem também prescrever x medicamentos. Normalmente, acabam por ser associados a "médicos dos pobres", pois lidam com população como os emigrantes e pessoas que não têm grandes possibilidades económicas. Carpenito é um exemplo, ao mais alto nível, desta enfermagem nos Estados Unidos.


A enfermagem avançada "advanced nursing" surgiu através de Meleis que gerou uma teoria sobre enfermagem, na qual os enfermeiros têm potencial para desenvolverem cuidados que ajudem as pessoas a lidar com as transições de vida. Meleis não é mais uma teórica, é A enfermeira que reflectiu sobre o significado de enfermagem, gerando uma teoria muito prática e realista!

Este blog vai tentar transmitir aquilo que se revela como Enfermagem Avançada. Mas para que haja um primeiro contacto com o significado, começamos por revelar alguns aspectos, como o facto de não serem todas as mudanças que implicam uma transição. A transição corresponde a passagem lenta e suavemente de um estado para o outro.

Quanto às transições relativamente à Natureza os tipos de transições podem ser de desenvolvimento, situacionais, saúde/doença, organizacionais; quanto aos padrões: simples, múltiplas, sequenciais, simultâneas, relacionadas ou não relacionadas; quanto às propriedades: awareness “consciencialização” (para que os nossos actos façam sentido é essencial que primeiro a pessoa alvo de cuidados tenha consciência de que está a viver a transição), envolvimento, mudança, tempo da transição e eventos críticos.

Relativamente às condições (facilitadoras e inibidoras) pessoais: os significados, crenças e atitudes, estatuto sócio-económico, preparação e conhecimento, quanto à comunidade não se apresenta subdivisões. Por último, quanto aos padrões de resposta os indicadores de processo são o sentir-se envolvido, interagir, estar situado, confiança e coping e quanto aos indicadores de resultado, mestria e integração fluida.

Há novas necessidades de enfermagem. Observando os modelos expostos e modelos em uso (o que nos foi ensinado e o que concretizamos), as necessidades da população em cuidados de saúde e a evolução de enfermagem, evidencia-se a necessidade de uma resposta mais adequada!

Se observarmos o número de re-internamentos, o número de casos sociais nos serviços, os motivos pelos quais as pessoas consideram em primeira linha o desclocarem-se às urgências...o facto de existir tanto para ser feito após a identificação do diagnóstico, mais do que actos médicos... talvez comece tudo a ter mais sentido... o que acham?

No mestrado, para serem aprofundados surgem como opções de escolha de áreas de transições: a parentalidade, o auto-cuidado; a gestão do regime terapêutico e os prestadores de cuidados, mas Meleis fundamenta um grande conjunto de áreas, que ao longo do blog iremos referir.

Como o "acho" não é uma ciência, tentamos dar o nosso contributo através da investigação, para que possamos ter mais certezas de como devemos agir no contexto prático.

É deste modo, que este primeiro texto reflecte um pouco daquilo que será fundamentado ao longo do blog, para que possamos reflectir o que de facto queremos ser enquanto enfermeiros, visto que um dia destes estas idéias vão surgir em Portugal. Vale a pena reflectir!...

Enfª Lúcia M.